segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Seminaristas da Arquidiocese da Paraíba escreveram Carta de apoio e solidariedade a Dom Aldo di Cillo Pagotto


Seminaristas da Arquidiocese da Paraíba escreveram Carta de apoio e solidariedade a Dom Aldo di Cillo Pagotto

Veja aqui o texto escrito em decorrência das calúnias deferidas contra o bispo há alguns dias

Arquidiocese da ParaíbaAssessoria de imprensa
Dom Aldo Pagotto

Em face das últimas acusações deferidas contra o Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, por parte daqueles que se arrogam detentores da verdade última, nós, seminaristas desta Arquidiocese, vimos por meio desta externar nosso pleno apoio ao nosso pai na Fé.
Estamos em um País em que qualquer cidadão pode manifestar seu pensamento. Por acaso Dom Aldo não é cidadão desta Pátria, embora o seja mais ainda da Pátria Celeste (cf. Fl 3, 20)? Ou será que aqueles que lutam ou dizem lutar pela diversidade querem calar aquela voz que destoa da ideologia deles?
Dom Aldo não se referiu a dogmas de nossa Fé comum (que não sabemos se é a Fé dos senhores que se rebelaram contra o Arcebispo). Portanto, é um direito seu expressar o que pensa. Sendo assim, do mesmo modo como é lícito àqueles senhores defender o referido Plebiscito, são igualmente justos os questionamentos do nosso Arcebispo.
Acusam o Senhor Arcebispo de ser desrespeitoso em relação aos pobres, aos movimentos e pastorais sociais... Todavia, quantas casas alheias Dom Aldo pichou pedindo a condenação sumária de alguém? Em um País livre como o nosso, reza-se que ninguém seja condenado sem o direito de defesa. No entanto, ao invés de se pedir à Nunciatura Apostólica e à CNBB que escutem nosso Pastor acerca das acusações por ele sofridas, pediram de imediato seu afastamento. E são estes que defendem a justiça, a liberdade?
Mais que agredir, desrespeitar a Lei de nosso Estado, desrespeitam o princípio cristão (cf. Mt 18, 15ss). Mas em não havendo erro ou qualquer outro elemento passível de correção fraterna, como de fato não houve, o que se deu foi a mentira, a calúnia, próprias do Diabo, mentiroso desde todo o sempre (cf. Jo 8, 44). Assim, o desrespeitoso nesse caso não é o Arcebispo, mas seus caluniadores.
Mas eles entendem mesmo de mentira: em sua carta aberta/abaixo-assinado, referem-se a diáconos, presbíteros, religiosos e religiosas da Arquidiocese da Paraíba. No entanto, não os pudemos identificar. Onde estão eles? A não ser que seja o homem do pecado (o Anticristo) que espera o tempo oportuno para se manifestar (cf. 2 Ts 2, 3-4). Primeiro querem a Cátedra do Arcebispo, depois vão querer o Trono de Deus.
Querem, em sua carta, posar de defensores dos pobres. Porém, não aparecem no abaixo-assinado os nomes de sem-terra, sem teto, prostitutas, etc. Não são esses o objeto de seu zelo social? Ou será que os atuais pobres são apenas coordenadores disso ou daquilo, professores e ex-professores de universidades?
O grande pobre é Jesus Cristo, que quer a união dos cristãos: “Pai, que todos sejam um” (cf. Jo 17, 21). Todavia, o que se prega por parte dos pseudo-defensores dos pobres é a divisão de classes. Não têm também os ricos o direito de serem evangelizados? Não são também eles chamados a seguir Jesus Cristo?
É lapidar a frase de Dom Christiano Krapf, Bispo de Jequié (BA), em seu artigo “A Igreja e sua missão em tempos de eleições”: “Quem não luta contra os ricos é acusado de ser contra os pobres”. Portanto, Dom Aldo é criticado não por ser contra os pobres, visto que não o é, mas por, em obediência a Cristo, almejar “que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (cf. 1Tm 2, 4), quer sejam pobres ou ricos.
Disseram que o artigo de Dom Aldo começa com um título capcioso. Mas alegra-nos perceber que suas justas indagações não são mentirosas, não podendo nós ou qualquer um que também ame a verdade dizer o mesmo da carta-acusação deles.
Sem dúvidas, a melhor coisa é o exemplo. Graças a Deus, nosso Arcebispo tem uma vida ilibada. Em não tendo com o que o acusar, mentem. Historicamente, falsas testemunhas sempre se levantaram: foi assim com Cristo (cf. Mt 26, 59-60), dá-se assim com Dom Aldo. Sobre o discípulo recai a mesma sorte do mestre. Mas como Ele disse: “Sed confidite, Ego vici mundum” (cf. Jo 16, 33).
Que a resposta aos seus caluniadores, Dom Aldo, seja a manutenção de seu amor a todos os filhos de Deus, inclusive a eles. Que seu refúgio seja Jesus Eucarístico e o colo da Virgem das Neves. Neste seu calvário, eles estão a seu lado. Assim como nós, sua angústia por causa da injustiça é a nossa angústia. Se estivemos juntos nas alegrias, unidos nos mantemos na tribulação. Conte com o nosso apoio e orações filiais, ao mesmo tempo que contamos com sua benção e orações de Pastor, a nós enviado por Deus.
Seminaristas da Arquidiocese da Paraíba