domingo, 30 de novembro de 2014

Juliana de Norwich: Dios es el Creador, el protector y el amante. Hasta que no esté unida substancialmente a él, nunca podré tener perfecto reposo ni verdadera felicidad; es decir, hasta que no esté tan unida a él que no pueda haber cosa alguna creada entre mi Dios y yo.

Capítulo 5
En el mismo momento en que tuve esta visión de la cabeza sangrante,
nuestro buen Señor me mostró una visión espiritual de su amor tan cercano. Vi que él es
para nosotros todo cuanto es bueno y consolador. El es nuestro vestido, que
amorosamente nos envuelve y nos cubre, nos abraza y nos abriga, rodeándonos con su
amor: es tan tierno que no puede abandonarnos nunca. Y así, en esta visión vi que él es
todo lo que es bueno, como comprendí.
Y en esto me mostró algo pequeño, no mayor que una avellana, en la
palma de mi mano, según me pareció; era redondo como una bolita. Lo miré con el ojo
de mi entendimiento y pensé: «¿Qué puede ser?». Se me respondió, de manera general:
«Es todo lo que ha sido creado». Me quedé asombrada de que pudiera durar, pues una
cosa tan insignificante, pensaba yo, podía desvanecerse en un instante. Y se me
respondió en mi entendimiento: «Permanece y permanecerá siempre, porque Dios lo
ama; de este modo, todo tiene su ser a través del amor de Dios».

En esa pequeña nada vi tres propiedades. La primera es que Dios la ha
creado, la segunda, que Dios la ama, la tercera, que Dios la conserva. Mas ¿qué vi yo en
ello1? Que Dios es el Creador, el protector y el amante. Hasta que no esté unida
substancialmente a él, nunca podré tener perfecto reposo ni verdadera felicidad; es
decir, hasta que no esté tan unida a él que no pueda haber cosa alguna creada entre mi
Dios y yo2.
Me parecía como si aquella pequeña cosa creada fuera a aniquilarse
debido a su pequeñez. Es necesario que lo sepamos3, de manera que podamos
deleitarnos en tener como nada todo lo creado, para amar y tener a Dios, el increado.
Pues ésta es la razón por la que nuestra alma y nuestro corazón no están en perfecto
descanso, porque buscamos descansar en esa cosa tan pequeña, en la que no hay ningún
descanso, y no conocemos a nuestro Dios, que es todopoderoso, todo sabiduría y todo
bondad, que es el verdadero descanso. Dios quiere ser conocido, y le place que
descansemos en él; pues nada de lo que está por debajo de él puede bastarnos. Esta es la
razón de que ningún alma descanse hasta que no tenga como nada las cosas creadas.

1 «¿Qué es para mí?» (TB).
2 «¿Y quién lo hará? Verdaderamente, él mismo, por su misericordia y por su gracia; para eso me ha
creado y felizmente me ha restaurado» (TB, c. 4).
3 «En esta bienaventurada revelación Dios me mostró tres nadas, y de estas nadas he aquí la primera.
Todo hombre y toda mujer que deseen vivir como contemplativos deben tener conocimiento de esto, de
manera que les sea agradable desdeñar como nada todo lo creado, para que puedan tener el amor increado
de Dios. Pues ésta es la razón de que quienes deliberadamente se ocupan de asuntos terrenales, buscando
constantemente el bienestar mundano, no tengan la paz de Dios en su alma ni en su corazón...» (TB, c. 4).

Cuando el alma se ha hecho voluntariamente nada por amor para tener a aquel que es
todo, entonces puede recibir el descanso espiritual.
Nuestro buen Señor me reveló también4 que es para él gran placer que un
alma simple llegue a él desnuda, abierta y confiadamente.
Pues éste es el ardiente deseo
amoroso del alma que ha recibido el toque del Espíritu Santo, según comprendí en esta
revelación: «Dios, de tu bondad, date a mí, pues me bastas, y no puedo pedir nada
inferior a lo que te glorifique plenamente. Y si pido algo inferior, siempre quedo falta de
algo; pues sólo en ti tengo todo».
Estas palabras de la bondad de Dios son muy queridas al alma, y tocan
muy de cerca la voluntad de nuestro Señor, pues su bondad colma a todas sus criaturas y
todas sus obras benditas, y en ellas se derrama sin fin. Pues él es eternidad, sólo para él
nos ha creado, y nos restaura por su preciosa pasión, preservándonos siempre en su
amor bienaventurado. Y todo esto procede de su bondad.

4 Aquí comienza una segunda adición a TB.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

BENTO XVI Este livro contém uma mensagem de optimismo, baseada na certeza de ser amados por Deus e protegidos pela sua Providência. Lemos no livro as seguintes palavras, belíssimas: "Vai com segurança absoluta... porque Deus, mesmo antes de nos criar, amou-nos com um amor que nunca diminuiu e que nunca vai desaparecer.


CATEQUESE DE BENTO XVI
AUDIÊNCIA GERAL
de 1
º de Dezembro de 2010


JULIANA DE NORWICH

Ermitã, Mística, Santa
Juliana de Norwich e o amor divino
Queridos irmãos e irmãs:
Ainda me lembro com muita alegria da viagem apostólica ao Reino Unido, feita em Setembro passado. A Inglaterra é uma terra que deu origem a muitas figuras ilustres que, com seu testemunho e seu ensinamento, embelezam a história da Igreja. Uma delas, venerada tanto pela Igreja Católica como pela Comunhão Anglicana, é a mística Juliana de Norwich, de quem eu gostaria de vos falar nesta manhã.
As notícias que temos sobre sua vida — não muitas — são deduzidas principalmente a partir do livro em que esta mulher gentil e piedosa recolheu o conteúdo de suas visões, intitulado "Revelações do Amor Divino". Sabe-se que ela viveu aproximadamente entre 1342 e 1430, anos turbulentos, tanto para a Igreja — dividida pelo cisma após o retorno do Papa de Avinhão a Roma — como para a vida das pessoas, que sofriam as consequências de uma longa guerra entre o reino da Inglaterra e o da França. Deus, porém, mesmo em tempos de tribulação, não deixa de gerar figuras como Juliana de Norwich, para convidar as pessoas à paz, ao amor e à alegria.
Como ela mesma nos narra, em Maio 1373, provavelmente no dia 13 daquele mês, foi atingida de repente por uma doença gravíssima que, em três dias, parecia levá-la à morte. Depois de que o sacerdote, que foi até o seu leito, mostrou-lhe o crucifixo, Juliana não só recuperou a saúde imediatamente, senão que depois recebeu dezasseis revelações que registrou por escrito e comentou em seu livro, as "Revelações do Amor Divino".
E foi o próprio Senhor quem, quinze anos depois destes acontecimentos extraordinários, revelou-lhe o sentido as visões. "Queres saber o que o teu Senhor pretendia e conhecer o significado desta revelação? Vê bem: amor é o que Ele pretendia. Quem te revela isso? O amor. Por que te revela isso? Por amor... Assim, aprenderás que o nosso Senhor significa amor" (Juliana de Norwich, "Revelações do Amor Divino", cap. 86, Milão, 1997, p. 320).
Inspirada pelo amor divino, Juliana tomou uma decisão radical. Como uma antiga anacoreta, escolheu viver dentro de uma cela, colocada perto da igreja dedicada a São Juliano, na cidade de Norwich, que naquela época era um grande centro urbano, perto de Londres. Talvez ela tenha adoptado o nome de Juliana precisamente por causa do santo ao qual estava dedicada a igreja junto à qual ela viveu por muitos anos, até sua morte.
Poderia nos surpreender e até mesmo nos deixar perplexos esta decisão de viver "reclusa", como se dizia em sua época. Mas ela não foi a única em fazer esta escolha:  naqueles séculos, um número considerável de mulheres escolheu esta vida, adoptando regras elaboradas especificamente para elas, como a composta por São Elredo de Rievaulx. As eremitas ou "reclusas", em sua cela, dedicavam-se à oração, à meditação e ao estudo. Assim, amadureciam uma fina sensibilidade humana e religiosa, que as fazia ser veneradas pelo povo. Homens e mulheres de todas as idades e condições sociais, que necessitavam de conselho e consolo, procuravam-nas com devoção. Então, não era uma decisão individualista; precisamente esta proximidade com o Senhor, amadureceu nela a capacidade de ser conselheira para muitos, de ajudar os que viviam em dificuldade nesta vida.
Sabemos que Juliana também recebeu visitas frequentes, como testemunha a autobiografia de uma cristã fervorosa do seu tempo, Margery Kempe, que foi a Norwich, em 1413, para receber sugestões sobre a sua vida espiritual. É por isso que, quando Juliana estava viva, era chamada, como está escrito no túmulo que contém seus restos, "Madre Juliana". Ela tinha se tornado uma mãe para muitos.
Mulheres e homens que se retiram para viver em companhia de Deus, precisamente graças a essa decisão sua, adquirem um grande senso de compaixão diante dos sofrimentos e fraquezas dos outros. Amigas e amigos de Deus têm uma sabedoria que o mundo — do qual se afastam — não possui e, gentilmente, a compartilham com aqueles que batem à sua porta. Penso, portanto, com admiração e reconhecimento, nos mosteiros de clausura femininos e masculinos que, agora mais do que nunca, são oásis de paz e esperança, tesouro precioso para a Igreja inteira, em especial para lembrar a primazia de Deus e a importância da oração constante e intensa no caminho da fé.
Foi precisamente na solidão habitada por Deus que Juliana de Norwich escreveu as "Revelações do Amor Divino", que chegaram até nós em duas versões, uma mais curta, provavelmente a mais antiga, e outra mais longa. Este livro contém uma mensagem de optimismo, baseada na certeza de ser amados por Deus e protegidos pela sua Providência. Lemos no livro as seguintes palavras, belíssimas: "Vai com segurança absoluta... porque Deus, mesmo antes de nos criar, amou-nos com um amor que nunca diminuiu e que nunca vai desaparecer. E, nesse amor, Ele fez todas as suas obras; nesse amor, Ele fez que todas as coisas fossem úteis para nós; nesse amor, nossa vida dura para sempre... Nesse amor, temos nosso princípio e veremos tudo isso em Deus sem fim" ("Revelações do Amor Divino", cap. 86, p. 320).
O tema do amor divino volta com frequência nas visões de Juliana de Norwich, quem, com certa ousadia, não hesitou em compará-lo ao amor materno. Esta é uma das mensagens mais características da sua teologia mística. A ternura, a solicitude e a doçura da bondade de Deus para connosco são tão grandes, que nos remetem ao amor de uma mãe pelos seus próprios filhos. Na verdade, os profetas bíblicos às vezes também usaram a linguagem que lembra a ternura, a intensidade e a totalidade do amor de Deus, que se manifesta na criação e em toda a história da salvação e que tem seu ápice na Encarnação do Filho. Deus, no entanto, sempre supera todo o amor humano, como diz o profeta Isaías: "Acaso uma mulher esquece o seu neném, ou o amor ao filho de suas entranhas? Mesmo que alguma se esqueça, eu de ti jamais me esquecerei!" (Is 49, 15). Juliana de Norwich entendeu a mensagem central para a vida espiritual: Deus é amor e só quando a pessoa se abre a Ele, completamente e com total confiança, e permite que Ele se torne o único guia da existência, tudo se transfigura, encontra-se a verdadeira paz e verdadeira alegria; e a pessoa se torna capaz de difundi esse amor ao seu redor.
Eu gostaria de salientar um outro ponto. O Catecismo da Igreja Católica retoma as palavras de Juliana de Norwich ao expor o ponto de vista da fé católica sobre um tema que continua sendo um desafio para todos os crentes (cf. n. 304-314). Se Deus é sumamente bom e sábio, por que existe o mal e o sofrimento dos inocentes? Também os santos, precisamente os santos, levantaram esta questão. À luz da fé, eles nos dão uma resposta que abre nossos corações à confiança e à esperança: nos misteriosos desígnios da Providência, Deus sabe extrair do mal um bem maior, como escreveu Juliana de Norwich: "Eu aprendi da graça de Deus que devia permanecer firme na fé e, portanto, devia crer firme e plenamente que tudo ia terminar bem..." ("Revelações do Amor Divino", cap. 32, p. 173).
Sim, queridos irmãos e irmãs, as promessas de Deus são sempre maiores do que as nossas esperanças. Se entregarmos a Deus, ao seu imenso amor, os desejos mais puros e mais profundos do nosso coração, nunca seremos decepcionados. "E tudo terminará bem", "tudo será para o bem": esta é a mensagem final que Juliana de Norwich transmite e que também eu vos proponho hoje. Obrigado.

Revelações do Amor Divino

Postado em  por 

                                       
“O nosso bom Senhor disse-me certa vez: «Todas as coisas vão acabar em bem»; e doutra vez  disse-me: «Verás que tudo acabará em bem.» Com estas palavras, a minha alma percebeu […]  que Ele quer que saibamos que Ele presta atenção, não somente às coisas nobres e grandes,  mas também às que são humildes, pequenas, pouco elevadas, simples. É isto que Ele quer dizer  quando declara: «Tudo, seja o que for, terminará em bem.»
 Ele quer fazer-nos entender que nem a menor coisa será esquecida. E quer que  compreendamos que muitas ações são tão más a nossos olhos e nos causam tanta dor, que  parece impossível que possam ter um fim bom; e assim, afligimo-nos e lamentamo-nos, de tal  modo que deixamos de ser capazes de encontrar a paz na contemplação bem-aventurada de  Deus, como devíamos. Porque aqui em baixo raciocinamos de forma tão cega, tão baixa, tão  simplista, que nos é impossível conhecer a sabedoria elevada e maravilhosa, o poder e a  bondade da Santíssima Trindade. […] É como se Deus dissesse: «Tende o cuidado de acreditar e  confiar em Mim, e no final vereis tudo na verdade, e portanto na plenitude da alegria.» […]
Há uma obra que a Santíssima Trindade realizará no último dia, segundo vejo. Quando esta obra vai ser feita e como será feita, nenhuma criatura abaixo de Cristo o sabe e ninguém o saberá até ao seu cumprimento. […] Se Deus quer que saibamos que Ele fará esta obra, é para que estejamos mais à vontade, mais pacificados no amor, que deixemos de fixar o olhar nas tempestades que nos impedem de verdadeiramente nos alegrarmos nele. Esta é a grande obra ordenada por Nosso Senhor desde toda a eternidade, um tesouro profundamente escondido no seu seio bendito, e só conhecida por Ele. Por esta obra, Ele vai garantir que tudo acabe em bem, porque tal como a Santíssima Trindade criou todas as coisas do nada, assim vai tornar boas todas as coisas que o não são.” Revelações do Amor Divino (capítulo 32) de Santa Juliana de Norwich, notável mística da Idade Média (1342-1416).

JULIANA DE NORWICH (1342-1421)


Juliana nasceu em 1342 e faleceu em Norwich, Inglaterra em 1421. Beneditina ela foi uma reclusa em Norwich, vivendo fora das paredes só quando ia a Igreja de São Julião e experimentou 16 revelações.

O seu livro “Revelations of Divine Love” (Revelações do Amor Divino) que é um excepcional trabalho sobree o amor de Deus, na Incarnação, Redenção e na Divina Consolação, fez dela uma das mais importantes escritoras da Inglaterra. Ela escreveu sobre o pecado, penitencia e outros aspectos da vida espiritual e seus trabalhos brilhantes atraíram estudiosos de toda a Europa. Ela é chamada Santa mas na verdade não foi formalmente canonizada.

Entre as místicas inglesas nenhuma é mais notável que Lady Juliana que viveu perto de Norwich, em uma ermida de três quartos no quintal da igreja de Conisford. Absolutamente nada é conhecido da sua vida antes de se tornar uma Beneditina reclusa.De fato nem sabemos se seu nome era esse mesmo ou a ela foi dado o nome da cela em que ela vivia.

Em 1393 Lady Juliana era uma reclusa e tinha dois serventes que a atendiam quando atingiu a idade avançada. Ela recebeu 16 revelações e passou 20 anos meditando sobre elas. As revelações foram seguidas de estado de êxtase, da Paixão de Cristo e da Trindade.Ela viu o sangue vermelho fluindo sob a Coroa de Espinhos, viu a Virgem como uma jovem e simples senhora. Viu Jesus mostrando a ela uma castanha na palma de sua mão. Ela pensou: “O que será isso?” e Ele respondeu: “Isto é tudo que é criado. Deus deu forma, Deus deu vida, Deus mantém ela assim.”

Assim ela aprendeu a bondade de Deus “para o qual a nossa mais elevada das preces deve ser dirigida”. “O qual desce para atender as nossas menores necessidades”. E ainda em relação a cruz ela viu a misericórdia Divina caindo como uma fina chuva de graças durante a Sua Paixão. Ela viu o Senhor morrendo e os Seus terríveis tormentos e a agonia de Seus sofrimentos e escreveu: “Assim eu O vi e eu O amava”.

Para Juliana de Norwich, a maternidade, representa a plenitude de Deus em criar, redimir e chamar o mundo à liberdade. Igualmente, também Jesus Cristo “é a nossa verdadeira Mãe”, que nos nutre e não permite que morramos, porque o amor da mãe é o amor total que não admite derrota. Na época de sua morte ela tinha uma vastíssima reputação e atraía visitantes de toda a Inglaterra para a sua cela.

PENSAMENTOS DE JULIANA DE NORWICH

"A nossa verdadeira Mãe, Jesus, ele somente nos gera para a alegria e a vida eterna […] Por isso é para ele como uma obrigação nos nutrir, porque o precioso amor da maternidadeo fez devedor para conosco. Uma mãe pode dar à criança seu leite para mamar, mas a nossa caríssima Mãe Jesus é capaz de nos nutrir de si mesmo […] A palavra “mãe”, bela e cheia de amor, é em si tão doce e gentil que não pode ser propriamente dita de ninguém e a ninguém a não ser dele e a ele, que é a verdadeira Mãe da vida e de tudo. São propriedades da maternidade o amor natural, a sabedoria e o conhecimento, e isto é Deus"

“Uma mãe pode deixar que a criança caia de vez em quando e sofra diversas dificuldades, e isso para o seu bem, mas não pode nunca permitir, pelo amor que tem por ela, que a criança seja vítima de qualquer perigo. E também se a nossa mãe terrena pode deixar morrer a sua criança, a nossa Mãe celeste, Jesus, não pode nunca permitir que os seus filhos pereçam, porque ele é onipotente, toda sabedoria e amor".

"Eu sou o fundamento da tua súplica; primeiro é minha vontade que recebas o que suplicas; depois, faço-te desejá-lo; e então faço-te suplicá-lo e tu o suplicas. Como pois não haverias de receber o que suplicas?"

"Aprendi, pela graça de Deus, que é necessário manter-me firmemente na fé, e acreditar com não menos firmeza que todas as coisas são boas... E verás que todas as coisas são boas"

"Nós somos tão preciosamente amados de Deus que não podemos sequer compreender isto. Nenhum ser criado pode saber o quanto Deus doce e ternamente o ama"

"Fazer vencer o bem sobre o mal é uma característica de Deus".

"Por conseguinte, Jesus Cristo, que, opondo-se, venceu o mal com o bem, é a nossa verdadeira Mãe: d’Ele nós recebemos o nosso 'Ser'- e aqui tem início a Sua Maternidade - e com esse recebemos também a doce Proteção e Custódia do Amor que não cessará de nos rodear".

"Como é verdade que Deus é nosso Pai, assim também é verdade que Deus é nossa Mãe. E esta verdade Ele me mostrou em cada coisa, mas especialmente naquelas doces palavras nas quais Ele diz: 'Eu o sou'”.

"O que é o mesmo que dizer, eu sou a Potência e a Bondade do Pai; eu sou a sabedoria da Mãe; eu sou a Luz e a Graça que é o bem-aventurado amor; eu sou a Trindade; eu sou a Unidade; eu sou a Bondade soberana de todas as coisas; eu sou Aquele que te faz amar, eu sou Aquele que te faz desejar, eu sou o acontentamento infinito de todos os verdadeiros desejos".

"O nosso Pai altíssimo, Deus Onipotente, que é o Ser, conhece-nos e ama-nos desde sempre: de tal forma que, pela sua maravilhosa e profunda caridade e pelo unânime consenso de toda a bem-aventurada Trindade, Ele quis que a Segunda Pessoa se tornasse nossa Mãe, nosso Irmão, nosso Salvador".

"É, portanto, lógico que, sendo Deus nosso Pai, seja também nossa Mãe. O nosso Pai quer, a nossa Mãe realiza e o nosso bom Senhor, o Espírito Santo, confirma; portanto, convém-nos amar o nosso Deus, no qual temos o Ser, agradecê-lo com reverência e louvá-lo por nos ter criado, e orar ardentemente à nossa Mãe para obter misericórdia e piedade, e orar ao nosso Senhor, o Espírito Santo, para obter a sua ajuda e graça".

"E vi com toda a certeza que Deus nos amou antes de nos ter criado, e que o Seu amor nunca diminuiu, e nunca diminuirá. Neste amor Ele fez todas as Suas obras e neste amor Ele faz concorrer todas as coisas em nosso benefício; e neste amor a nossa vida é eterna".

"Na criação nós tivemos um início, mas o amor com o qual Ele nos Criou existia n’Ele desde sempre: e neste amor nós temos o nosso início. E veremos tudo isto em Deus, eternamente."

"Então vi que, no meu entender, era uma grande união entre Cristo e nós; pois quando Ele padecia, padecíamos também. E todas as criaturas que podiam sofrer sofriam com Ele".

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Hoje é a festa da Medalha Milagrosa




A Devoção à Nossa Senhora das Graças
da Medalha Milagrosa
         > A Oração à Nossa Senhora das Graças.
           > A Novena à Virgem Imaculada da Medalha Milagrosa.
            Foi na segunda aparição a 27 de novembro de 1830, em Paris, na França; que Nossa Senhora apareceu a uma das Irmãs da Caridade de São Vicente de Paulo, à humilde noviça Santa Catarina Labouré. Ela descreve como lhe foi revelada a Medalha da Imaculada Conceição:     
            A Virgem apareceu sobre um globo, pisando uma serpente e segurando nas mãos um globo menor, oferecendo-o à Deus, num gesto de súplica.
 

Enquanto A contemplava, Catarina ouviu uma voz que lhe disse:
 ”Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que Me as pedem. Os raios mais espessos correspondem às graças que as pessoas se recordam de pedir. Os raios mais delgados correspondem às graças que as pessoas não se lembram de pedir.“
 A ORAÇÃO:
Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, de repente, o globo desapareceu e suas mãos se estendem suavemente, derramando sobre o globo brilhantes raios de luz. Formou-se assim um quadro oval, rodeado pelas palavras em letras de ouro:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”. 
Virou-se então o quadro, aparecendo, no reverso, um ” M” encimado por uma cruz e, embaixo, os corações de Jesus e de Maria. E a Santíssima Virgem lhe pede:
         A PROMESSA:    
’’Manda cunhar uma Medalha por este modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada, receberão grandes graças, mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as pessoas que a trouxerem com confiança. “
 E assim foi cunhada, em Paris, esta medalha, que logo s espalhou pelo mundo inteiro, derramando graças tão numerosas e extraordinárias que o povo, espontaneamente, passou a chamá-la: ” A Medalha Milagrosa”.
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
 Súplica – Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao comtemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expor, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).         Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas.
         E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre verdadeiros cristãos. Amém.
Rezar 3 Ave-Marias. 
- Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. 
Oração Final – Santíssima Virgem, eu creio e confesso vossa Santa e Imaculada Conceição, pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, por vossa Conceição Imaculada e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus, alcançai-me de vosso amado Filho a humildade, a caridade, a obediência, a castidade, a santa pureza de coração, de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem, uma santa vida e uma boa morte. Amém.Ler...
Hoje é a festa da Medalha Milagrosa

Hoje, 27 de novembro, é a festa da Medalha Milagrosa.

Conheça sua história e seus milagres.

Como Nossa Senhora deu a Medalha Milagrosa a Santa Catarina Labouré, na rue du Bac, em 1830.

A portentosa conversão do hebreu Ratisbonne por intermédio da Medalha Milagrosa.

Clique em algum dos links abaixo para saber mais:
Medalha Milagrosa: em 1830 Nossa Senhora deu um sinal eficaz de sua ajuda 


Na segunda aparição Nossa Senhora deu a Medalha Milagrosa 
Na festa da Medalha milagrosa: aparições a Santa Catarina Labouré 

Nossa Senhora das Graças e a conversão do hebreu Ratisbonne (1) 

Nossa Senhora das Graças e a conversão do hebreu Ratisbonne (2) 

Nossa Senhora das Graças e a conversão do hebreu Ratisbonne (3)

Ocorre ontem o 5º Aniversário da morte do Padre Luís Octávio Soto que foi em 26 de Novembro de 2009 em pleno Ano Sacerdotal : ELE OFERECEU A SUA VIDA A DEUS COMO VITIMA PELA SANTIFICAÇÃO DOS SACERDOTES.Testemunhos dos Filhos Espirituais, esperamos por mais...

    Celebrou-se Santa Missa por  alma do Padre Luis, na Capela do Eremitério em que  costumava celebrar. Estiveram presentes 26 fiéis , vindos de várias  regiões de Portugal e que eram filhos espirituais do Padre Luis, todos eles se referiram à santidade que irradiava o Padre Luis.Agradecemos que nos enviem mais testemunhos para publicarmos.

Ocorre ontem o 5º Aniversário do falecimento do Padre Luis, sacerdote muito querido de quantos o conheceram e foram seus filhos espirituais. O Padre Luis tendo vivido vários anos em Fátima como
eremita aqui foi crescendo na sua entrega a Deus e no serviço dos que o procuravam como director espiritual ou para fazer um retiro dirigido por ele. Seus filhos espirituais eram acolhidos no seu eremitério e ali o Padre Luis cuidada da saúde espiritual e também era ele que cozinhava para os seus hóspedes.
Deus dotou -o de vários carismas sobrenaturais, como ler na consciência e dar-se conta de factos que se passavam a grande distância e nos quais ele intervinha com a sua oração poderosa junto de Deus. Além de ter tido aparições de almas do purgatório que lhe suplicavam ajuda e que ele prontamente socorria.
Foi grande o seu apostolado na cidade Nápoles na Itália onde era muito procurado como confessor, onde muita gente beneficiou do seu zelo sacerdotal e quase todos têm alguma graça ou conselho que receberam do Padre Luis, gostaríamos que nos chegassem mais testemunhos para os darmos a conhecer para glória de Deus . Foi devotíssmo da Virgem Maria e no seu eremitório sentia-se a presença espiritual da Mãe Celeste a quem o Padre Luis recoorria com muita confiança.
Seus filhos espirituais estão esalhados por Itália, Portugal. Espanha e Estados Unidos ,África do Sul. Escrevam para pe.joao@hotmail.com 

Padre Luís Octávio Soto foi um Sacerdote que celebrou as Bodas de Prata do seu Sacerdócio no Céu a 19 de Maio de 2010 : ele se ofereceu a Deus como vítima pela Santificação dos sacerdotes tendo vivido 20 anos como Eremita em Fátima e Deus aceitou a sua oferta a 26 de Novembro de 2009 em pleno Ano Sacerdotal que estamos em breve a conclui ler...



Te prometemos, que según tu deseo, la santa Medalla será el signo de tu presencia junto a nosotros, será nuestro libro en el cual aprenderemos a conocer, según tu consejo, cuánto nos has amado, y lo que debemos hacer para que no sean inútiles tantos sacrificios tuyos y de Tu Divino Hijo.


SÚPLICA DE LA MEDALLA MILAGROSA


* Se reza a las 5 de la tarde del 27 de noviembre, Fiesta de la Medalla Milagrosa, y en las necesidades urgentes, cualquier día, a esa hora.

Oh Virgen Inmaculada, sabemos que siempre y en todas partes estás dispuesta a escuchar las oraciones de tus hijos desterrados en este valle de lágrimas, pero sabemos también, que tienes días y horas en los que te complaces en esparcir más abundantemente los tesoros de tus gracias. Y bien, oh María, henos aquí postrados delante de Ti, justamente en este día y hora bendita, por Ti elegida para la manifestación de tu Medalla.
Venimos a Ti, llenos de inmensa gratitud y de ilimitada confianza en esta hora por Ti tan querida, para agradecerte el gran don que nos has hecho dándonos tu imagen, a fin que sea para nosotros testimonio de afecto y prenda de protección. Te prometemos, que según tu deseo, la santa Medalla será el signo de tu presencia junto a nosotros, será nuestro libro en el cual aprenderemos a conocer, según tu consejo, cuánto nos has amado, y lo que debemos hacer para que no sean inútiles tantos sacrificios tuyos y de Tu Divino Hijo. Sí, Tu Corazón traspasado, representado en la Medalla, se apoyará siempre sobre el nuestro y lo hará palpitar al unísono con el tuyo. Lo encenderá de amor a Jesús y lo fortificará para llevar cada día la cruz detrás de Él.
Ésta es tu hora, oh María, la hora de tu bondad inagotable, de tu misericordia triunfante, la hora en la cual hiciste brotar, por medio de tu Medalla, aquel torrente de gracias y de prodigios que inundó la tierra. Haz, oh Madre, que esta hora que te recuerda la dulce conmoción de Tu Corazón, que te movió a venirnos a visitar y a traernos el remedio de tantos males, haz que esta hora sea también nuestra hora, la hora de nuestra sincera conversión, y la hora en que sean escuchados plenamente nuestros votos.
Tú, que has prometido justamente en esta hora afortunada, que grandes serían las gracias para quienes las pidiesen con confianza: vuelve benigna tu mirada a nuestras súplicas. Nosotros te confesamos no merecer tus gracias, pero, a quién recurriremos oh María, sino a Ti, que eres nuestra Madre, en cuyas manos Dios ha puesto todas sus gracias? Ten entonces piedad de nosotros. Te lo pedimos por tu Inmaculada Concepción, y por el amor que te movió a darnos tu preciosa Medalla. Oh Consoladora de los afligidos, que ya te enterneciste por nuestras miserias, mira los males que nos oprimen.

Haz que tu Medalla derrame sobre nosotros y sobre todos nuestros seres queridos tus benéficos rayos: cure a nuestros enfermos, dé la paz a nuestras familias, nos libre de todo peligro. Lleve tu Medalla alivio al que sufre, consuelo al que llora, luz y fuerza a todos. Especialmente te pedimos por la conversión de los pecadores, particularmente de aquéllos que nos son más queridos. Recuerda que por ellos has sufrido, has rogado y has llorado. Sálvanos, oh Refugio de los pecadores, a fin de que después de haberte todos amado, invocado y servido en la tierra, podamos ir a agradecerte y alabarte eternamente en el Cielo. Amén.

TRIDUO A LA MILAGROSA (III)


ORACIÓN PARA TODOS LOS DÍAS

Oh María, sin pecado concebida, vedme postrado a vuestras plantas, lleno de confianza. Ese vuestro rostro purísimo, esa amable sonrisa de vuestros labios, esas manos cargadas de celestiales bendiciones, esa actitud amorosa que habéis adoptado para recibir a los que vienen a Vos, esos ojos fijos en la tierra para observar nuestras necesidades y venir en nuestro auxilio, todo, todo me inspira amor, confianza y completa seguridad. Y como si esto fuera poco para alejar de nosotros toda duda habéis empeñado solemnemente vuestra palabra en favor de los que lleven la Santa Medalla, diciendo a vuestra sierva, Sor Catalina Labouré: "Cuantos llevaren esta Medalla, alcanzarán especial protección de la Madre de Dios."
Madre mía amantísima: Vos sabéis que la llevo sobre mi pecho, que la beso con amor y que os invoco con frecuencia. Realizad, pues, en mí vuestras promesas; venid en mi auxilio, cubridme con vuestra protección, para que Jesús se apiade de mi pobre alma y merezca conseguir por vuestro medio la gracia, que pretendo con este triduo a vuestra Santa Medalla.
Oh María, sin pecado concebida; rogad por nosotros que recurrimos a Vos.

DÍA TERCERO
Protección de María

La Medalla Milagrosa, al confesar el misterio de la Concepción Inmaculada de María, garantiza a la vez el auxilio divino a cuantos la llevan puesta. La Santísima Virgen, dice San Bernardino, es muy cortés y agradecida, tanto que no le permite su corazón que el hombre la salude sin devolver el saludo de una manera inefable.
Esta súplica: "Rogad por nosotros, que recurrimos a Vos" ha venido a ser fuente sagrada de vida, de gracia y de santidad; remedio de todas las enfermedades, consuelo de los afligidos y dulce esperanza de los pecadores.
Acudamos, pues, a María, en todas nuestras necesidades de alma y de cuerpo. Invoquémosla y digamos con frecuencia: "¡Oh María, sin pecado concebida, rogad por nosotros, que recurrimos a Vos!", y esta oración tan grata a la madre de Dios, será suficiente para aliviarnos y socorrernos. Si la enfermedad viene a visitarnos, ella nos curará, si la salud nos conviene, y de no convenimos nos concederá la gracia de soportar el dolor con cristiana resignación. Si el desaliento quiere apoderarse de nosotros y la tristeza sumergirnos en un mar de desolación, repitamos la jaculatoria de la Medalla, y la Virgen nos consolará, porque es Madre de los afligidos, alivio de nuestros males y eficaz remedio para todos los sufrimientos del humano corazón. Con el apoyo de María viviremos confiados lejos de la culpa y nuestra muerte será preciosa a los ojos del Señor. Así sea.
Pídase la gracia que se desea alcanzar. Rezar tres Avemarías con la invocación: Oh María sin pecado concebida rogad por nosotros que recurrimos a Vos.


ORACIÓN DE SAN GERMÁN
¡Oh mi única Señora y único consuelo de mi corazón! Ya que eres el celestial rocío que refrigera mis penas; Tú que eres la luz de mi alma cuando se halla rodeada de tinieblas; Tú que eres mi fortaleza en las debilidades, mi tesoro en la pobreza y la esperanza de mi salud, oye mis humildes ruegos y compadécete de mí, como corresponde a la Madre de un Dios, que ama tanto a los hombres. Concédeme la gracia de gozar contigo en el Cielo, de vivir contigo en el Paraíso. Yo sé que siendo Tú la Madre de Dios, si quieres, puedes alcanzarme esta gracia; así lo espero de tu misericordia. Amén.

http://santa-maria-reina.blogspot.pt/

Le meraviglie della “Medaglia Miracolosa” – di Roberto de Mattei



di Roberto de Mattei
.
zzMedaglia-Miracolosa-424x278Chiunque si rechi a Parigi ha la possibilità di visitare la cappella della Medaglia miracolosa, al numero 140 rue du Bac, dove nel 1830 la Beata Vergine Maria apparve più volte ad una umile suora, poi elevata agli altari, Caterina Labouré.
Da queste apparizioni ha origine la Medaglia miracolosa, così detta non solo per la sua origine celeste, ma per i suoi straordinari effetti sulle anime e sulla società. Caterina era una giovane novizia di ventiquattro anni, di umili natali, che aveva coronato da pochi mesi il suo ardente desiderio di entrare nelle Figlie della Carità di San Vincenzo de’ Paoli.
La prima apparizione della Madonna avvenne il 18 luglio 1830, quando ella fu invitata da un angelo a seguirla nella cappella e vide la Santissima Vergine sedersi sui gradini dell’altare, dal lato del Vangelo, in una seggiola, che ancor oggi è esposta alla venerazione dei fedeli. La giovane si gettò ai piedi della Madonna, poggiando le mani sulle sue ginocchia. «Quello – ricorda la santa – fu il momento più dolce della mia vita. Mi è impossibile esprimere tutto ciò che provai». «Figlia mia – le disse la Madonna – il buon Dio vuole affidarti una missione. I tempi sono molto tristi, sciagure stanno per colpire la Francia; il trono sarà rovesciato, il mondo intero sarà sconvolto da disgrazie di ogni specie… La S. Vergine aveva l’aria molto afflitta dicendo questo, ma (continuò): Venite ai piedi di quest’altare; qui le grazie saranno sparse su tutte le persone che le domanderanno con fiducia e fervore, saranno sparse sui grandi e sui piccoli».
La grande missione fu rivelata a Caterina nella seconda apparizione, il 27 novembre 1830. La giovane vide formarsi attorno alla Santa Vergine «un quadro un poco ovale in cui stavano in alto queste parole: O Maria concepita senza peccato pregate per noi che ricorriamo a voi, scritte in lettere d’oroAllora si fece sentire una voce che mi disse: “Fate, fate coniare una medaglia secondo questo modello. Tutte le persone che la useranno riceveranno grandi grazie, portandola al collo. Le grazie saranno abbondanti per le persone che la porteranno con fiducia”. Immediatamente il quadro mi è sembrato voltarsi e ho veduto il rovescio della medaglia».
Sul retro del quadro la suora scorse «il monogramma della Santa Vergine, composto dalla lettera M sormontata da una croce, con una sbarra alla sua base, e, al di sotto della suddetta lettera M, i due cuori di Gesù e di Maria, che distinse perché uno era circondato da una corona di spine, e l’altro era trafitto da una spada».
Nei mesi e negli anni seguenti le sciagure previste dalla Madonna cominciarono a realizzarsi con la caduta della monarchia di Carlo X, sostituita da quella “liberale” di Luigi Filippo. I primi esemplari della medaglia furono coniati e diffusi con l’approvazione dell’arcivescovo di Parigi. Le grazie e i miracoli moltiplicarono le richieste e la parrocchia di Notre-Dame des Victoires, divenne un centro di straordinaria propagazione della devozione.
Il mondo e le stesse consorelle di Rue du Bac ignoravano però il nome della suora che aveva ricevuto le apparizioni: 46 anni di silenzio, di nascondimento, di preghiera attendevano Caterina, che morì a Parigi il 31 dicembre 1876. Lei che aveva visto almeno sei volte la Vergine, che aveva assistito alla prodigiosa diffusione della Medaglia in tutto il mondo, ed ai miracoli di cui era stata strumento; lei che tante volte aveva sentito parlare dagli altri delle rivelazioni della Madonna a una sconosciuta novizia, restò sempre impassibile e mai tradì il suo segreto, né con le compagne, né con le superiore, né con la sua famiglia.
Il frutto più strepitoso della nuova devozione fu la conversione dell’ebreo Alfonso Ratisbonne, a cui la Madonna della Medaglia miracolosa apparve il 20 gennaio 1842, nella chiesa di Sant’Andrea delle Fratte a Roma. Una lapide posta in uno dei pilastri della cappella dell’apparizione, dove ancora oggi si venera la «Madonna del Miracolo», così ricorda l’avvenimento: «Il 20 gennaio 1842, Alfonso Ratisbonne venne qui ebreo indurito. La Vergine gli apparve come tu la vedi. Cadde ebreo si rialzò cristiano. Straniero: porta con te questo prezioso ricordo della misericordia di Dio e del potere della SS. Vergine».
La notizia dello straordinario miracolo infiammò la devozione popolare verso la Medaglia miracolosa e contribuì ad affrettare la proclamazione del dogma dell’Immacolata da parte di Pio IX, l’8 dicembre 1854. Leone XIII, fatta esaminare ogni circostanza sui fatti di rue du Bac, nel 1880, in occasione del cinquantenario delle apparizioni, dichiarò autentica la miracolosa conversione del Ratisbonne e concesse la festa della Medaglia, al 27 novembre di ogni anno, con rito di seconda classe.
Caterina Labouré fu beatificata da Pio XI il 28 maggio 1933 e canonizzata da Pio XII il 27 luglio 1947; le sue reliquie riposano nella cappella in cui ebbe le apparizioni. Pio XI, il 19 luglio 1931, in occasione del processo di beatificazione di Caterina Labouré, accennando ai mali che affliggevano la Chiesa, disse: «In questi giorni risplende la Medaglia miracolosa, come per richiamarci in modo visibile e tangibile che alla preghiera tutto è permesso, anche i miracoli, e soprattutto i miracoli. In ciò sta la specialità magnifica della Medaglia miracolosa, e noi abbiamo bisogno di miracoli. è già un gran miracolo che i ciechi vedano… ma vi è un altro miracolo che dobbiamo domandare a Maria Regina della Medaglia, ed è che vedano quelli che non vogliono vedere…».
Tra i tanti santi devoti della Medaglia miracolosa, fu il giovane Massimiliano Kolbe, che il 20 gennaio 1917, settantacinquesimo anniversario dell’apparizione, nell’ascoltare la rievocazione della conversione del Ratisbonne, nella Chiesa di sant’Andrea delle Fratte, concepì l’istituzione della sua Milizia dell’Immacolata, col fine di «cercare la conversione dei peccatori, eretici, scismatici, giudei ecc., e specialmente dei massoni; e la santificazione di tutti sotto il patrocinio e mediante la B.V.M. Immacolata».
La Medaglia miracolosa ci propone una ricca simbologia. Da una parte è raffigurata la Vergine Maria, dalle cui mani piovono raggi sul mondo, ricordandoci il ruolo che Ella ha di Mediatrice di tutte le grazie; sul retro c’è il monogramma mariano, intrecciato con una Croce e circondato da 12 stelle. La Croce che sovrasta la M di Maria ricorda la Croce che nel labaro di Costantino era sostenuta dai vessilli delle legioni romane e, come in quel caso, è simbolo di battaglia e di vittoria. Davanti al nome di Maria, come di fronte a quello di Gesù, piegano le ginocchia i cieli, la terra e gli abissi.
I due Cuori di Gesù e di Maria alla base della lettera M ricordano a sua volta l’indissolubile legame che lega i due Cuori, che ne formano uno solo, al quale è legata la salvezza e la rigenerazione del mondo. Le 12 stelle sono quello che circondano la fronte della donna dell’Apocalisse, figura della Chiesa, ma anche figura di Maria, che della Chiesa è Madre e Regina. La Medaglia miracolosa, portata con fiducia da tanti cattolici in tutto il mondo, continua ancora oggi la sua silenziosa ma portentosa missione.
Essa va disseminata ovunque, nei fondamenti della case, sulle vette dei monti, nelle profondità dei mari e soprattutto va portata al collo, affinché tutto e tutti siano sotto la protezione continua e infallibile di Maria Santissima. L’ultimo grande miracolo che i fedeli le chiedono insistentemente è la dissipazione degli errori e delle tenebre morali in cui è immerso il mondo moderno. La potenza e la misericordia della Madonna non ha limiti, come ci dimostra la miracolosa conversione di Alfonso Ratisbonne, che ai suoi piedi «cadde ebreo e si rialzò cristiano». 
.