quarta-feira, 23 de março de 2011

Nossa Senhora de Akita : a Fátima do Oriente e seus anúncios

  ‒ Primeira mensagem

A imagem milagrosa de Akita
O extraordinário interesse que naturalmente inspiram os terríveis acontecimentos do Japão e a misericordiosa intervenção preventiva de Nossa Senhora, levou-nos a coletar informações sobre os fatos de Akita.

Devido à extensão da matéria, a dividiremos em quatro posts sucessivos.


Inês (Agnes) Katsuko Sasagawa, 42, ingressou no Instituto das Servas do Santíssimo Sacramento em Yuzawadai, apenas fora de Akita, em 12 de maio de 1973. Inês vinha de se converter do budismo, mas estava totalmente surda, incurável.

Primeiros fenômenos sobrenaturais

O primeiro evento milagroso ocorreu em 12 de junho de 1973, apenas um mês após a entrada de Inês no convento: uma luz resplandeceu diante do Tabernáculo. Isso aconteceu várias vezes junto com algo parecido com fumaça que pairava em volta do altar.

Durante uma dessas iluminações a Irmã Inês viu “uma multidão de seres semelhantes a anjos que cercavam o altar em adoração diante do Santíssimo Sacramento”.

Dom João Ito, bispo ordinário da diocese de Niigata, na qual fica Akita, estava hospedado no convento para realizar uma semana de devoções. A irmã Inês confidenciou-lhe as circunstâncias dessas visões, bem como todos os eventos e aparições que se seguiram. Dom Ito e o diretor espiritual do convento, Pe. Teiji Yasuda, foram testemunhas de muitos dos fenômenos.

Sóror Inês também foi favorecida com visitas do seu anjo da guarda. Instada a descrever o Anjo, a religiosa disse que tinha “um rosto redondo, uma expressão de doçura e parecia uma pessoa coberta por uma brancura brilhante como a neve...”

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Documentário (inglês):
Nossa Senhora, Akita,
Irmã Inês, D. Ito e os fatos
O Anjo da Guarda confidenciou várias mensagens para a irmã e, muitas vezes orou com ela, além de orientá-la e aconselhá-la.

Na noite de 28 de junho de 1973, a Irmã Inês descobriu na palma da sua mão esquerda uma ferida em forma de cruz, que era extremamente dolorosa.

Em 5 de julho de 1973, uma pequena abertura apareceu no centro da ferida e o sangue começou a fluir. Depois, a dor diminuía durante a maior parte da semana, exceto nas noites de quinta e sexta-feira toda, quando a dor se tornava quase insuportável.

Primeira mensagem


Em 6 de julho de 1973, o anjo da guarda apareceu, dizendo à Irmã: “as feridas de Maria são muito mais profundas e dolorosas do que a tua. Vamos rezar juntos na capela”.

Depois de entrar na capela, o Anjo desapareceu. Então, a Irmã Inês, voltou-se para a estátua de Maria situada no lado direito do altar.

A estátua, que é de aproximadamente 90 centímetros de altura foi esculpida na madeira dura de “árvore da Judéia” [N.: “Cercis siliquastrum”, árvore originária da Palestina onde é muito presente). Ela representa Nossa Senhora de pé diante de uma cruz, com os braços ao seu lado e as palmas das mãos voltadas para frente. Sob seus pés há um globo que representa o mundo.

A Irmã Inês aproximou-se da estátua:

‒ “De repente, disse, senti que a estátua de madeira tomou vida e estava prestes a falar comigo... Ela estava imersa numa luz brilhante... No mesmo instante uma voz de beleza indescritível soou em meus ouvidos totalmente surdos.”

Nossa Senhora disse-lhe: “tua surdez será curada...” Ela recitou com a Irmã Inês a oração da comunidade que tinha sido composta pelo bispo Ito.

Nas palavras “Jesus presente na Eucaristia” Maria instruiu-a:

“De agora em diante, você irá adicionar “verdadeiramente”.

Juntamente com o anjo que apareceu novamente, as três vozes recitaram uma consagração ao Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Eucaristia.

A oração diz:

“Sacratíssimo Coração de Jesus, verdadeiramente presente na Sagrada Eucaristia, eu consagro meu corpo e minha alma para ser inteiramente um com Vosso Coração, sendo sacrificado a cada instante em todos os altares do mundo e dando louvor ao Pai implorando pela vinda do Seu Reino.

“Por favor receba este humilde oferecimento de mim mesma. Use-me como Vós desejais para a glória do Pai e a salvação das almas.

“Santíssima Mãe de Deus, nunca me deixe ficar separada de Vosso Divino Filho. Por favor defendei-me e protegei-me como Vossa Especial Filha. Amém.”

Antes de desaparecer, Nossa Senhora pediu à Irmã Inês “rezar muito pelo Papa, pelos bispos e os padres...”

Sangue na imagem

Na manhã seguinte, quando as irmãs se reuniram para a recitação de Laudes, eles encontraram sangue na mão direita da estátua e duas linhas que a atravessavam e no meio uma abertura de onde o sangue fluía.

A ferida era igual à da mão da Irmã Inês, exceto que, posto que a mão da estátua era menor, a ferida era menor. Sangrou nas sextas-feiras de julho, durante o ano de 1973, como fez na ferida na mão da Irmã Inês.

Uma das irmãs escreveu: “A ferida estava realmente a cortar a carne. A borda da cruz tinha o aspecto de carne humana e uma religiosa até julgou ver as relevâncias da pele como numa impressão digital. Eu falei para mim mesma nesse momento que a ferida era real...”

Merece ser notado que as gotas de sangue corriam ao longo da mão da estátua, que tinha os braços abertos e apontando para baixo, mas nunca as gotas caíam das mãos.

A ferida na mão da Irmã Inês apareceu na quinta-feira 28 de junho de 1973. E, como predito pelo anjo da guarda, desapareceu na sexta-feira 27 de julho sem deixar rastro. 
 

Segunda mensagem

Nossa Senhora comunicou a segunda mensagem em 3 de agosto de 1973, uma primeira sexta-feira do mês. Uma voz celestial que provinha da estátua advertiu:

“Minha filha, minha noviça, você ama o Senhor? Se você ama o Senhor, ouça o que eu tenho a lhe dizer.

“É muito importante... Você irá comunicar isso ao seu superior.

Muitos homens neste mundo afligem o Senhor. Eu desejo almas para consolá-lo, para aliviar a ira do Divino Pai. Eu desejo, com meu Filho, almas que reparem através de seu sofrimento e sua pobreza pelos pecadores e ingratos.

De modo a que o mundo possa conhecer Sua ira, o Pai Celeste está preparando para infligir um grande castigo em toda a humanidade. Com meu Filho eu tenho interferido tantas vezes para aplacar a ira do Pai.

“Eu tenho evitado a vinda de calamidades oferecendo a Ele os sofrimentos de meu Filho na Cruz, Seu Precioso Sangue, e almas amadas que O consolem formando uma corte de almas vítimas.

Oração, penitência e sacrifícios corajosos podem aliviar a ira do Pai. Eu desejo isto também para a sua comunidade... que ela ame a pobreza, que ela se santifique e reze em reparação pelas ingratidões e ultrajes de tantos homens.

“Recitem a oração das Servas da Eucaristia com consciência do seu significado; coloquem-na em prática; ofereçam em reparação (o que quer que Deus envie) pelos pecados. Deixe cada uma esforçar-se, de acordo com sua capacidade e posição, para oferecer a si mesma ao Senhor.

Mesmo em uma instituição secular a oração é necessária. Almas que desejam orar já estão a caminho de serem reunidas. Sem prender-se demasiadamente à forma, sejam fiéis e fervorosas na oração para consolar o Mestre.”

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Documentário (inglês):
Nossa Senhora, Akita,
Irmã Inês, D. Ito e os fatos
Após um silêncio:

“O que você está pensando em seu coração é verdade? Você está realmente decidida a tornar-se a pedra rejeitada?

“Minha noviça, você que deseja pertencer sem reserva ao Senhor, a tornar-se a esposa digna do Esposo, faça seus votos sabendo que você deve ser pregada à Cruz com três cravos.

“Estes três cravos são a pobreza, a castidade, e a obediência. Dos três, a obediência é o fundamento. Em total abandono, deixe-se guiar pelo seu superior. Ele vai saber entendê-la e dirigi-la.”

Sangue e suor na imagem

Embora o ferimento na mão da Irmã Inês desapareceu em julho 27, a ferida na mão da estátua permaneceu até seu desaparecimento total em 29 de setembro. Naquela época, a estátua emitia uma luz brilhante. A ferida permaneceu por três meses.

Enquanto as feridas nas mãos da estátua sangravam, Dom João Ito informa que, contrariamente ao que dizem alguns relatórios “a estátua não suava nem chorava sangue a toda hora”.

No ofício da noite de 29 de setembro de 1973, toda a comunidade viu uma luz brilhante que vinha da estátua. Quase imediatamente, todo o corpo da estátua ficou coberto com uma umidade que parecia transpiração.

O Anjo da guarda da Irmã Inês lhe disse: “Maria está ainda mais triste do que quando ela derramou sangue. Enxugai o suor.” As irmãs usaram bolinhas de algodão para coletar a umidade. 
 

A última mensagem

No dia 13 de outubro de 1973, aniversário do Milagre do Sol em Fátima, a Irma Inês ouviu mais uma vez uma belíssima voz falando pela estátua:

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Documentário (inglês):
Nossa Senhora, Akita,
Irmã Inês, D. Ito e os fatos
“Como eu lhe disse, se os homens não se arrependerem e melhorarem, o Pai irá infligir uma terrível punição a toda a humanidade. Será uma punição maior do que o dilúvio, tal como nunca se viu antes. Fogo irá cair do céu e vai eliminar uma grande parte da humanidade; os bons assim como os maus, sem poupar nem sacerdotes nem fiéis. Os sobreviventes irão ver-se tão desolados que irão invejar os mortos.

“As únicas armas que irão restar para vocês serão o Rosário e o Sinal deixado pelo Meu Filho. Recitem todos os dias as orações do Rosário.

“Com o Rosário, rezem pelo Papa, os bispos e os sacerdotes.

Irmã Inês, foto de arquivo

“A obra do maligno vai infiltrar-se até mesmo dentro da Igreja de tal modo que se verão cardeais opondo-se a cardeais, bispos contra bispos.

“Os sacerdotes que me veneram serão desprezados e combatidos pelos seus confrades... igrejas e altares saqueados. A Igreja ficará cheia daqueles que aceitam compromissos, e o demônio, vai pressionar muitos sacerdotes e almas consagradas a deixarem o serviço do Senhor.

“O demônio vai ser especialmente implacável contra as almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza.

“Se os pecados aumentarem em número e gravidade, não haverá mais perdão para eles.

A vidente
“Com coragem, fale ao seu superior. Ele saberá como encorajar cada uma de vocês a rezar e fazer obras de reparação.

“É o Bispo Ito, que dirige a sua comunidade.”

E Ela sorriu e então disse:

“Você ainda tem algo a perguntar?

“Hoje é a última vez que eu vou falar com você em viva voz. De agora em diante você irá obedecer aquele que foi enviado para você e seu superior.

“Reze muito as orações do Rosário. Eu sozinha ainda sou capaz de salvar vocês das calamidades que se aproximam.

Aqueles que colocarem sua confiança em mim serão salvos.

Novos prantos da imagem

Após as mensagens de Nossa Senhora, a luz ofuscante que cercava a estátua sumiu.

Em 4 de janeiro de 1975, para o espanto da comunidade e do padre Yasuda, a estátua da Virgem começou a chorar e assim fez três vezes naquele dia. Também foram testemunhas dessa lacrimação, além das irmãs, o bispo Ito e certo número de pessoas que participavam com as freiras de um retiro de Ano Novo.

As lágrimas coletadas na borda interior dos olhos desciam pelas bochechas, as coletadas na borda da borda do vestido perto da garganta, desciam pelas dobras da túnica e caiam sobre o mundo sob os pés de Nossa Senhora.

O Pe. Yasuda registrou em seu livro The Tears and Message of Mary (As lágrimas e a Mensagem de Maria), que a estátua:

“... ficou completamente seca durante anos, desde que foi feita e, havia pouco, algumas rachaduras começaram a aparecer. Já é milagroso que a água flua de tal material, mas é ainda mais prodigioso que um líquido levemente salgado, com as características da verdadeira lágrima humana possa ter escorrido precisamente a partir dos olhos.”
O número de lacrimações foi de 101, e aconteceram em intervalos irregulares desde 4 de janeiro de 1975 até 15 de setembro, 1981.

De acordo com os registros mantidos pelas irmãs, o número de pessoas que assistiram às lacrimações apenas não foi registrado em cinco ocasiões.

Todas as outras vezes foram testemunhadas por não menos de dez pessoas, às vezes até 46, 55 e 65 pessoas. Algumas das testemunhas não eram cristãs e algumas eram budistas proeminentes, incluindo o prefeito da cidade. No total foram mais de 500 pessoas.

A lacrimação de 8 de dezembro de 1979 foi filmada por uma equipe de televisão às 11 horas da noite, na Festa da Imaculada Conceição, e foi transmitida para 12 milhões de pessoas em todo o Japão. O vídeo é agora mostrado pelas freiras do convento, e foi reproduzido pelas agências de notícias em todo o mundo.

O escultor

O escultor da estátua foi Saburo Wakasa, um não-católico morador de Akita.

No final de maio de 1974, verificou-se novo fenômeno.

Enquanto o vestuário da estátua e os cabelos mantinham o aspecto natural da madeira natural, o rosto, mãos e pés ficaram ressaltados por uma cor escura, castanho-avermelhado.

Quando o escultor foi ver a estátua ‒ oito anos após entalhá-la ‒ ele não conseguiu esconder sua surpresa, pois apenas as partes visíveis do corpo de Nossa Senhora tinham mudado de cor, e o próprio rosto mudara de expressão.

Interrogado sobre os acontecimentos relacionados com a estátua, respondeu:

“A estátua de Maria foi o meu primeiro trabalho relacionado com o cristianismo. Das minhas várias estátuas, só aconteceram eventos misteriosos com a estátua de Maria em Yuzawadai... Eu esculpi a estátua de Maria, o globo, e a Cruz num único bloco de madeira, para não haver encaixes... A madeira na qual eu esculpi a estátua de Maria estava muito seca e bastante dura”.

Interrogado se ele achava “milagre” o derramamento de lágrimas da estátua de Maria, ele respondeu: “É um mistério”.

Análises dos fluídos

Dom Ito consultou ao Professor Sagisaka, um não-cristão especialista em medicina forense, para fazer uma análise científica rigorosa dos três fluidos, sem o bispo lhe revelar a fonte.

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Documentário (inglês):
Nossa Senhora, Akita,
Irmã Inês, D. Ito e os fatos
O resultado foi: “A matéria recolhida na gaze é sangue humano. O suor e as lágrimas absorvidas pelos dois pedaços de algodão são de origem humana”.

O sangue encontrado pertencia ao grupo B, e o suor e lágrimas ao grupo AB. A Irmã Inês pertence ao grupo B.

Uma outra análise dos fluidos foi conduzida pelo Dr. Sagisaka do Departamento de Medicina Legal da Faculdade de Medicina da Universidade de Akita. Os resultados foram entregues em 30 de novembro de 1981 e revelaram que:

“No objeto analisado há líquidos humanos que pertencem ao grupo sangüíneo O”.

Desde que a primeira análise revelou que o sangue pertencia ao grupo B e o suor e lágrimas ao grupo AB, ficou estabelecido que os fluidos pertencem a três grupos sanguíneos diferentes.

É fato médico que o sangue, suor e lágrimas de um indivíduo pertencem ao mesmo grupo de sangue. Um fluido não pode ser de um tipo diferente dos outros fluidos do mesmo corpo.

Posto que o tipo da Irmã Inês é do grupo B, ela não poderia ter “transferido” sangue ou fluidos do grupo AB ou O. As objeções segundo as quais a Irmã Inês teria sido a fonte ficaram assim refutadas.

O Anjo da Guarda

Na Festa de Nossa Senhora das Dores [15 de setembro] de 1981, a estátua chorou pela última vez. Duas semanas depois, o Anjo guardião da Irmã Inês apresentou-lhe uma grande Bíblia envolta numa luz brilhante.

A Bíblia aberta estava aberta no Gênesis 3:15. O anjo explicou que a passagem tinha um relacionamento com as lágrimas de Maria e, em seguida, continuou:
“O pecado entrou no mundo por uma mulher e é também por uma mulher que a salvação veio ao mundo”.

A primeira foi Eva, e a segunda, Nossa Senhora.

Cura da surdez

A Irmã Inês estava totalmente surda, incurável, quando entrou na comunidade, tendo perdido sua audição em 16 de março de 1973. A religiosa só era capaz de falar e entender mensagens faladas por leitura labial.

Como lhe anunciou seu Anjo da Guarda, ela temporariamente recuperou o ouvido de 13 de outubro de 1974, mas a surdez retornou em 7 de março de 1975. Sua audição foi definitivamente restaurada em 30 de maio de 1982, como previu Nossa Senhora na primeira mensagem de 6 de julho de 1973.

Ambas as curas ocorreram instantaneamente durante a bênção do Santíssimo Sacramento.

O julgamento canônico

O Núncio Apostólico aconselhou Dom Ito de procurar o apoio do Arcebispo de Tóquio para a criação de uma comissão de inquérito canônico. Infelizmente, para relator da comissão foi nomeado um não-católico, foi nomeado presidente do grupo.

Nenhum dos membros da comissão visitou o convento para conduzir um inquérito, e a comissão proferiu uma sentença desfavorável.

Recusando-se a aceitar o veredicto negativo dos acontecimentos que ele próprio testemunhou, o Bispo Ito pediu conselho à Congregação para a Doutrina da Fé, e à Congregação para a Propagação da Fé em Roma.

Foi-lhe, então, aconselhado formar outra comissão para estudar os acontecimentos desde o início. Esta comissão emitiu um veredicto favorável sobre os aspectos sobrenaturais dos eventos.

A lei canônica sobre o julgamento de uma aparição mariana é de 1978. De acordo com ela “a autoridade para proferir uma conclusão sobre a autenticidade de uma aparição mariana cabe canonicamente ao normal (o bispo) da diocese local, onde a aparição ocorreu”.

Em carta pastoral datada de 22 de abril de 1984, Dom João Ito, bispo ordinário da diocese de Niigata, escreveu: “autorizo ao longo de toda a diocese de que eu sou responsável, a veneração da Santa Mãe de Akita.”

O bispo observou que os eventos envolvem apenas uma revelação privada, e não tocam pontos de doutrina.

E acrescenta:

“Agora chegou o tempo em que eu faça o meu dever como bispo da diocese de Niigata e assuma a responsabilidade de estabelecer:

“1º As manifestações com relação à Imagem da Mãe de Deus em Akita mostraram todos os sinais, pelas repetidas manifestações místicas, de ter um autêntico caráter sobrenatural; nada pode demonstrar que tenham uma natureza contrastante com as virtudes cristãs ou que sejam em contraste com a fé cristã.

“2º Na espera da decisão final da Santa Sé, se concede aos fiéis venerar a Mãe de Deus de Akita, como estátua milagrosa.”

“Em sua carta pastoral também diz que conheceu a Irmã Inês Sasagawa durante 10 anos. “Ela é uma mulher de espírito profundo, franca e sem problemas, ela sempre me impressionou como uma pessoa equilibrada. Por conseguinte, a mensagem que ela diz ter recebido não me parece ser de qualquer forma o resultado da imaginação ou alucinação”.

Quatro anos depois, em 20 de junho de 1988, durante uma visita do Dom Ito a Roma, a Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, aprovou o conteúdo da carta pastoral.

Os reconhecimentos oficiais das ocorrências e as mensagens de Nossa Senhora foram publicados em outubro de 1988 pela revista “30 Dias”. A edição de agosto de 1990, cita o Cardeal Ratzinger ‒ hoje Bento XVI ‒ dizendo que “não há objeções à conclusão da carta pastoral.”

O então Cardeal Ratzinger convidou o bispo de continuar a informá-lo sobre as peregrinações e as conversões.

Fim
 
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