domingo, 8 de março de 2009

HIPÓTESE DE UMA REGULARIZAÇÃO PARA A FSSPX GANHA TERRENO



“Quam bonum est et quam jucundum, habitare fratres in unum”
A hipótese de uma regularização provisória da FSSPX ganha terreno.

Por Dominque Bro - Le Forum Catholique

Se começa a dizer cada vez mais, tendo em conta o terremoto causado pelo affaire Williamson, que o Cardeal Castrillón poderia rápida e facilmente fazer a FSSPX sair do estado canónico vago em que se encontra desde o levantamento das excomunhões, sem, no entanto, negociar a pesada instauração de um estatuto de grande amplitude (Prelazia pessoal).


Noutras palavras, a FSSPX seria reconhecida “legal” e “católica” no seu estado actual, com os seus próprios estatutos, seus próprios estabelecimentos, seus anexos (as comunidades amigas), tudo esperando pelo melhor.

E se poderia então organizar tranquilamente colóquios sobre as “questões ainda abertas”. Todos os sacramentos dispensados no seio da FSSPX (confissões, casamentos, ordenações) seriam tidos como oficialmente lícitos.


O termo apropriado (ver a seguir) para tal disposição é o de “faculdades temporárias”. Não obrigaria ninguém sobre o fundo e regulamentaria de maneira elegante a dificuldade.

A solução conviria tão melhor ao Papa, que é de maneira ligeiramente semelhante, todas coisas iguais, que ele regulariza provisoriamente a Igreja da China dando poderes aos bispos nomeados sem o consentimento de Roma. É o que evoca a entrevista que Mons. Fellay deu à revista americana Angelus, reproduzida pela última Fideliter, março-abril de 2009.


A primeira das duas respostas extraídas da entrevista se refere ao “grande estatuto” (Prelazia pessoal), a segunda ao “pequeno estatuto” (as faculdades temporárias). Parece efetivamente que o superior geral não afasta uma concessão unilateral do “pequeno estatuto”:

Angelus - Qual espécie de solução canônica é atualmente proposta, se existe uma?

Mons. Fellay - é ainda muito cedo para dizer com precisão. Sabemos que Roma trabalha há muito tempo sobre esse projeto canônico e que uma proposta nos será apresentada em tempo oportuno. [...] Segundo nosso plano de rota, isso deveria vir após a solução dos problemas essenciais a serem resolvidos nas discussões.

Angelus - é possível que faculdades temporárias sejam dadas à Fraternidade, enquanto as discussões doutrinais ocorrem paralelamente?

Mons. Fellay - também, ao risco de me repetir, diria que ainda é muito cedo para dizer. Nós pensamos que daqui algum tempo teremos precisões sobre este ponto. Haveria certamente um perigo de reduzir o problema da Fraternidade a um problema de direito canônico.
fonte:fratres in unum