terça-feira, 16 de dezembro de 2008


- No entanto, existem alguns grupos -penso, por exemplo, no Caminho Neocatecumenal, que tem tentado promover essas "celebrações mais vivas", às que acaba de apelar e que receberam alguma observação por parte do Vaticano ...

-Na semana passada estive no Peru durante vários dias e tive sorte de conviver com os seminaristas do Redemptoris Mater, do Caminho. Não há nenhuma anomalia litúrgica; está tudo em conformidade com o disposto no "ordo Missae". O que vi foram eucaristias celebradas sem nenhuma pressa, com uma grande fé e onde se apercebem a alegria e acção de graças pelo dom que lá está acontecendo .

-Nos meios católicos questiona-se se não se celebrarão demasiados matrimónios que não são válidos, se não se deveria ter mais cuidado quando se administram os sacramentos. Não existe o perigo de que as paróquias se tornem em meras "dispensadoras" de sacramentos?

-Temos de dar toda a seriedade à participação nos sacramentos. Não se pode agir de uma forma banal e superficial, sem qualquer sentido ou discernimento. O próprio S.Paulo o refere numa das suas cartas. Mas também não se podem negar os sacramentos a quem os pedir, pelo menos, com uma fé simples , com uma fé mínima. Temos de colocar algumas exigências claras para receber alguns sacramentos. Para o matrimónio deve-se ter uma maior preparação.

Muitas vezes celebram-se matrimónios que depois se declaram nulos porque não foi dado um consentimento suficiente ou porque havia imaturidade, o que invalida o sacramento por não terem existido os requisitos fundamentais.