quarta-feira, 30 de julho de 2008

Entrevista com o Cardeal Castrillón Hoyos (maio de 2004), destinada à Revista “The Latin Mass"

Pergunta: Eminência, um ano depois da celebração em Santa Maria Maior da Santa Missa no Rito de São Pio V, quais foram as reações que V. Ema. recebeu da parte do mundo dito « tradicionalista»?

Dom Dario Castrillón: Eu diria que elas foram positivas. Eu recebi até este dia centenas de cartas, provindo de todas as partes do mundo, exprimindo a gratidão e a esperança suscitadas por esta celebração, que, aliás, foi seguida por numerosos fiéis em Santa Maria Maior onde repousa o corpo de S. Pio V.

Entre tantas expressões de reconhecimento, numerosos fiéis insistiram sobre a emoção causada por este novo gesto de solicitude pastoral para com aqueles que, sem negar a validade da reforma litúrgica actual, se identificam, contudo na celebração do Santo Sacrifício segundo o Missal Romano da edição típica de 1962.

Por outra parte, esta celebração deu maior confiança sobre o fato de que o venerável Rito de São Pio V se beneficia, na Igreja católica de Rito Latino, de «um direito de cidadania », como eu disse na homilia. Este Rito não está extinto, não há dúvidas nesta matéria. O acontecimento de Santa Maria Maior contribuiu para dissipar esta dúvida, onde um tipo de desinformação a teria alimentado.

Eu devo precisar, contudo que o único motivo desta celebração vem de um pedido que me foi dirigido, enquanto Presidente da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, da parte de diferentes grupos de fiéis, que queriam expressar sua proximidade ao Santo Padre ; não nos esqueçamos que o Papa também autorizou a celebração privada da Missa de S. Pio V na capela Húngara da Basílica Vaticana, para os padres que o pedem e que estão munidos de uma permissão regular.